quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

O Padre Himalaya - Um Português extraordinário

Padre Himalaya - um cientista, natural de Cendufe, Arcos de Valdevez que viveu entre 1868 e 1933. "Interessou-se pelas energias renováveis e por processos de organização territorial, nomeadamente sistemas de irrigação, plantação de árvores e sistemas urbanos que antecedem as preocupações actuais em torno do que se chama hoje o ecodesenvolvimento."

Inventor genial, expôs o seu invento, o "pirelióforo" (forno solar que permitia atingir os 3.800º C) na Feira em St. Louis (EUA), em 1904, tendo sido premiado e amplamente divulgado através da imprensa. Fez muitas outras investigações e manteve contacto com cientistas estrangeiros.

Foi pouco compreendido na sua época e a história manteve sobre ele um silência incompreensível. O professor Jacinto Rodrigues no entanto levou a cabo uma profunda pesquisa biográfica que está registada em livro e filme:Rodrigues, Jacinto, "A conspiração Solar do Padre Himalaya", Porto, Cooperativa Árvore, 1999.

Como prova de que os grandes vultos do passado podem inspirar as novas gerações, temos actualmente o Concurso Solar "Padre Himalaya" (Edição 2007) "que tem por objectivo promover a divulgação das energias renováveis junto das camadas mais jovens da população, através do envolvimento em actividades de projecto que façam uso de princípios científicos e das suas aplicações tecnológicas, que estimulem o gosto pela actividade experimental e promovam a aquisição de hábitos de cidadania conducentes a um uso mais racional dos recursos energéticos do nosso planeta." http://www.cienciaviva.pt/rede/himalaya/home/

Fonte: "www.portugalmaispositivo.com"

EDP investe 2,63 mil milhões na energia eólica até 2010

A EDP vai investir 2,63 mil milhões de euros, até 2010, na expansão da capacidade eólica, o que coloca as energias renováveis no topo das áreas em que a empresa portuguesa mais vai investir nos próximos quatro anos.

O objectivo da EDP é triplicar a capacidade instalada eólica na Europa, até 2010, com base no pipeline ibérico e na expansão para França e Bélgica, de acordo com o Plano de Negócios da empresa divulgado hoje.

A empresa liderada por António Mexia quer aumentar a capacidade bruta eólica de 1.568 MW, em 2006, para 4.200 MW em 2010. Estes valores representam crescimentos de 66%, em Espanha, de 22% em Portugal e de 12% noutros mercados.

O investimento de capital em capacidade eólica deverá atingir os 2.630 milhões de euros até 2010, dos quais 290 milhões de euros em Portugal, 1.710 milhões em Espanha e 630 milhões noutros mercados.

"A EDP está a procurar de forma pró-activa oportunidades internacionais em energia eólica", segundo o Plano de Negócios publicado na CMVM. A empresa aponta como mercados prioritários, considerados atractivos em termos de estabilidade, rentabilidade e potencial de crescimento, França, onde já tem presença, Itália e possivelmente Reino Unido e Polónia.

Além disso a EDP quer também entrar no mercado norte-americano através da aquisição de promotores eólicos locais e possivelmente da contratação de equipas locais com experiência para crescimento em projectos "greenfield".

Actualmente a EDP tem presença internacional, no segmento das energias renováveis, em Espanha, França e Bélgica.

EDP investe 280 milhões noutras energias renováveis

A EDP prevê ainda um investimento de 280 milhões de euros nas outras energias renováveis, nomeadamente biomassa e solar.

A biomassa deverá receber 136 milhões de euros, até 2010 e a energia solar 144 milhões de euros, de acordo com os objectivos divulgados hoje.

Actualmente a EDP já tem capacidade instalada na biomassa e prevê um crescimento de 22 MW em 2007 para 115 MW em 2010.

Na solar o objectivo é atingir os 50 MW, em 2010, através de uma nova capacidade em Granada, Espanha.

A empresa tem ainda em curso um projecto de investigação e desenvolvimento destinado à utlização das ondas como forma de energia.

Fonte : "Jornal de Negócios Online"


terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Eólica caseira

Existem várias formas de se poder poupar energia, mais que não seja para reduzir a nossa factura ao fim do mês. A energia eólica, como é sabido, é uma forma de energia que pode ser convertido em energia eléctrica. É uma boa solução para o espectro das energia renováveis, tendo-se já instalado em todo o mundo uma potência total de 58 982 MW (World Wind Energy Association 2005). No entanto á parte de estes valores astronómicos podemos nós próprios fazer o aproveitamento desta energia que é o vento, energia que é tão vasta. Aqui e aqui poderão aprender como fazer a vossa própria turbina eólica. Neste vídeo pode-se ver uma turbina eólica de eixo vertical, aparentemente do tipo "Darrieus", instalada no terraço de uma habitação. É importante, no entanto, salientar que estas soluções caseiras são relativamente fáceis de as meter a produzir energia eléctrica. A dificuldade é a qualidade dessa energia eléctrica. Portanto nunca é demais chamar á atenção que é necessário filtros electrónicos que permitem corrigir estes problemas. Há que tomar em conta o tipo de aplicação que se pretende e no qual se pode aproveitar esta energia. UPDATE: Turbina eólica caseira

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Nuclear, sim. Obrigado!

Comissão apresenta plano de acção energética
Sob o signo da "crise do gás", a Comissão Europeia apresenta esta quarta-feira o seu plano de acção energética. Os comissários revelam-se acérrimos defensores da energia nuclear.

A energia nuclear surge como “uma das opções disponíveis” para reduzir as emissões de dióxido de carbono

Reduzir as emissões de gases de efeito estufa, diminuir a dependência energética da União Europeia (UE), incentivar o uso de energias renováveis e estimular a concorrência nos mercados comunitários do gás e da electricidade. Estas são as principais vertentes do plano de acção energética que a Comissão Europeia apresenta esta quarta-feira, que assume ainda uma defesa clara das virtudes da energia nuclear.

O colégio de comissários deverá propor que os 27 assumam unilateralmente o objectivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 20% até 2012 (tendo por referência os níveis de 1990). No quadro do Protocolo de Quioto, os países desenvolvidos assumiram o compromisso de reduzir estas emissões em 5% até 2012, embora a meta europeia já fosse mais ambiciosa (8%).

O desenvolvimento de uma política energética comum é apontado como uma prioridade pela União desde finais de 2005 e conheceu um grande impulso depois da “crise do gás” no início da ano passado, que envolveu a Rússia e a Ucrânia e acabou por afectar vários países europeus. A actual “crise do petróleo” entre a Rússia e a Bielorússia, que também está a afectar o aprovisionamento de alguns Estados-membros ilustra a actualidade do tema.

Também em relação às energias renováveis a Comissão pretende que os Estados-membros assumam compromissos concretos e vinculativos. Bruxelas defende que as energias alternativas constituam, também em 2020, 20% do consumo energético total da União, quase o triplo dos actuais 7%. Uma meta definida como “possível e desejável”, apesar de a Comissão admitir que “é improvável” que o objectivo de 12% em 2010 seja alcançado. Todas estas propostas terão que receber a luz verde dos governos da União, devendo ser discutidas pelos chefes de Estado e de governo dos 27 no próximo Conselho Europeu, em Março.

Sem nunca defender abertamente a sua utilização, ressalvando que a escolha do “mix” energético corresponde a cada país, Bruxelas apresenta no âmbito deste “pacote” um relatório dedicado à energia nuclear que apenas encontra vantagens neste tipo de energia.

A começar pelas vantagens ambientais, pois “a menos que algo seja feito”, lê-se no documento dedicado à energia nuclear, a emissão de gases de efeito estufa aumentará mais 5% até 2012, o que entra “em conflito directo” com os objectivos de Quioto, (que previa uma redução de 8% no mesmo período). Neste contexto, a energia nuclear surge como “uma das opções disponíveis” para reduzir as emissões de dióxido de carbono, uma vez que já é “a principal fonte de energia livre de emissões de CO2”.

A Comissão sublinha ainda que nos próximos 20-30 anos a União vai importar 70% das suas necessidades energéticas, principalmente de gás e petróleo, cujos preços “quase duplicaram nos últimos dois anos”. E defende a importância da energia nuclear como garantia na segurança do aprovisionamento e como resposta à necessidade de diversificação, cuja matéria-prima (o urânio) é produzido em regiões “estáveis” e cujo preço é menos vulnerável às variações do mercado.

Expresso, 10 de Janeiro de 2007