domingo, 24 de dezembro de 2006

Boas Festas

Em nome dos membros deste blog, votos de um Santo e Feliz Natal e de um próspero Ano Novo 2007.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Mexia considera natural que Iberdrola reequacione EDP

Iberdrola leva para Espanha mais-valias potenciais de 300 milhões de euros se vender a EDP
O presidente da Comissão Executiva da EDP, António Mexia considera natural que a Iberdrola reequacione a sua presença na empresa portuguesa, após a oferta de compra da Scottish & Power, que, em caso de sucesso, transforma a Iberdrola na terceira maior energética da Europa.
Questionado no início da semana durante um evento para anunciar a nova estratégia de patrocínios e mecenato da EDP, Mexia disse que “é natural que a Iberdrola ou qualquer accionista em cada momento reavalie aquilo que considera serem os seus interesses e as suas prioridades”. O gestor sublinhou, contudo, que ainda nada lhe foi comunicado. Confrontado com estas afirmações, o representante da Iberdrola em Portugal, Joaquim Pina Moura, recusou-se a fazer comentários às intenções dos espanhóis face à EDP.

O tema da permanência, ou não, da Iberdrola no capital da EDP está sobre a mesa desde que analistas financeiros consideraram que a venda das posições do grupo espanhol na Galp e na EDP reduziriam as necessidades de financiamento geradas pela aquisição da Scottish.

As declarações do presidente da Iberdrola, Ignácio Galán, no momento em que a OPA sobre a Scottish avançou para o mercado não dão, no entanto, sinais de que esteja satisfeito na sua ânsia de crescimento. É notório que a Iberdrola tenta conquistar maior dimensão, de forma a dificultar uma ofensiva de outro concorrente sobre o seu capital.

Galán disse, na altura, que a integração do grupo escocês facilitará uma fusão com outra empresa espanhola, como, por exemplo, a Unión Fenosa. A argumentação é que, após a compra da Scottish, uma operação de aquisição ibérica terá de ser considerada, não como nacional, mas avaliada pela Comissão Europeia. O gestor disse ainda que a Iberdrola “está aberta” a analisar qualquer possibilidade capaz de criar valor para o grupo.

Todas as opções estão a ser analisadas, mas é certo que, se alienada a preços actuais, a EDP geraria para a Iberdrola mais-valias potenciais de cerca de 300 milhões de euros. Para o grupo espanhol, a EDP passou a ter uma importância relativa, a partir do momento em que avançou para a Scottish & Power e que a aproximação da Fenosa ficou facilitada. Para completar o cenário, uma maior participação da Iberdrola na actividade corrente da EDP não é vista com bons olhos por parte de alguns representantes do Executivo, alguns nem pela administração da empresa. Impedida de participar na Comissão Executiva e como decidiu não ter, para já, qualquer representante no Conselho Geral e de Supervisão, a Iberdrola não consegue articular de forma produtiva a sua actividade com a da EDP.

Apesar de já terem sido realizadas algumas reuniões entre membros da Iberdrola e da EDP (já aconteceram, inclusive, encontros entre Joaquim Pina Moura e António de Almeida, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP), estas não foram produtivas. As reuniões visam encontrar formas de gerar sinergias entre as empresas, sobretudo, nas energias renováveis, gás e no Brasil.

Assim, com a sua presença na EDP num impasse, a venda da posição da Iberdrola será uma hipótese a considerar. O problema da EDP. É que, à semelhança do que acontece com a Telefónica na Portugal Telecom, serão os espanhóis a decidir quando, como e a quem vão alienar os 9,5% que detêm no capital da eléctrica portuguesa.

No Brasil para inaugurar a centrar eléctrica de Peixe Angical, António Mexia criticou a regulamentação fiscal espanhola e, a propósito da compra da Scottish pela Iberdrola, afirmou que, indirectamente, serão os contribuintes espanhóis a pagar a operação de expansão. Em causa estarão impostos que não chegarão a ser pagos pela empresa espanhola. Mexia, citado pelo jornal espanhol “Expansión” afirmou que a operação tem sentido estratégico para os accionistas da Iberdrola. Estes comentários terão sido mal recebidos pelo Executivo de Zapatero.

Christiana Martins, in Caderno de Economia, Expresso, 8 de Dezembro de 2006

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Novas células solares duplicam rendimento

O laboratório da Boeing, Spectrolab, anunciou uma nova tecnologia que dobra a eficiência das células solares.
As células são usadas em painéis para captar a energia do sol e transformá-la em electricidade. Actualmente, células deste tipo são capazes de converter, em média, 22% da luz que recebem. A Boeing anunciou ter fabricado um novo composto de silício capaz de funcionar em camada dupla. Na prática, a tecnologia dobra a superfície de recepção de luz solar, o que permitiu a painéis de teste da Boeing transformar em energia 41% da luz que receberam.
De acordo com o Spectrolab, esta é a primeira vez que um experimento ultrapassa a barreira dos 40% em conversão de luz em energia eléctrica. O projecto foi financiado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos.
Ao duplicar a área de recepção de luz com o método de células em camadas, o Spectrolab espera poder criar alternativas para levar a energia solar a equipamentos de pequeno tamanho, como telemóveis e PDA.
Uma das maiores dificuldades neste tipo de tecnologia é isolar o calor recebido pela célula solar dos componentes electrónicos contidos nos objectos. O calor excessivo é capaz de danificar os equipamentos.
Via.