domingo, 24 de dezembro de 2006
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Mexia considera natural que Iberdrola reequacione EDP
O tema da permanência, ou não, da Iberdrola no capital da EDP está sobre a mesa desde que analistas financeiros consideraram que a venda das posições do grupo espanhol na Galp e na EDP reduziriam as necessidades de financiamento geradas pela aquisição da Scottish.
As declarações do presidente da Iberdrola, Ignácio Galán, no momento em que a OPA sobre a Scottish avançou para o mercado não dão, no entanto, sinais de que esteja satisfeito na sua ânsia de crescimento. É notório que a Iberdrola tenta conquistar maior dimensão, de forma a dificultar uma ofensiva de outro concorrente sobre o seu capital.
Galán disse, na altura, que a integração do grupo escocês facilitará uma fusão com outra empresa espanhola, como, por exemplo, a Unión Fenosa. A argumentação é que, após a compra da Scottish, uma operação de aquisição ibérica terá de ser considerada, não como nacional, mas avaliada pela Comissão Europeia. O gestor disse ainda que a Iberdrola “está aberta” a analisar qualquer possibilidade capaz de criar valor para o grupo.
Todas as opções estão a ser analisadas, mas é certo que, se alienada a preços actuais, a EDP geraria para a Iberdrola mais-valias potenciais de cerca de 300 milhões de euros. Para o grupo espanhol, a EDP passou a ter uma importância relativa, a partir do momento em que avançou para a Scottish & Power e que a aproximação da Fenosa ficou facilitada. Para completar o cenário, uma maior participação da Iberdrola na actividade corrente da EDP não é vista com bons olhos por parte de alguns representantes do Executivo, alguns nem pela administração da empresa. Impedida de participar na Comissão Executiva e como decidiu não ter, para já, qualquer representante no Conselho Geral e de Supervisão, a Iberdrola não consegue articular de forma produtiva a sua actividade com a da EDP.
Apesar de já terem sido realizadas algumas reuniões entre membros da Iberdrola e da EDP (já aconteceram, inclusive, encontros entre Joaquim Pina Moura e António de Almeida, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP), estas não foram produtivas. As reuniões visam encontrar formas de gerar sinergias entre as empresas, sobretudo, nas energias renováveis, gás e no Brasil.
Assim, com a sua presença na EDP num impasse, a venda da posição da Iberdrola será uma hipótese a considerar. O problema da EDP. É que, à semelhança do que acontece com a Telefónica na Portugal Telecom, serão os espanhóis a decidir quando, como e a quem vão alienar os 9,5% que detêm no capital da eléctrica portuguesa.
No Brasil para inaugurar a centrar eléctrica de Peixe Angical, António Mexia criticou a regulamentação fiscal espanhola e, a propósito da compra da Scottish pela Iberdrola, afirmou que, indirectamente, serão os contribuintes espanhóis a pagar a operação de expansão. Em causa estarão impostos que não chegarão a ser pagos pela empresa espanhola. Mexia, citado pelo jornal espanhol “Expansión” afirmou que a operação tem sentido estratégico para os accionistas da Iberdrola. Estes comentários terão sido mal recebidos pelo Executivo de Zapatero.
Christiana Martins, in Caderno de Economia, Expresso, 8 de Dezembro de 2006
publicado por Tiago Luís Francisco às 17:58 0 comments
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terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Novas células solares duplicam rendimento
publicado por Luís Lopes às 01:01 3 comments
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quarta-feira, 29 de novembro de 2006
Energia Solar - Australia
publicado por Anónimo às 19:48 2 comments
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terça-feira, 28 de novembro de 2006
Fusão Nuclear - Sonho prestes a realizar?
Foi assinado semana passada o acordo que estabelece a organização internacional que vai construir e gerir o ITER. Iter (International Thermonuclear Experimental Reactor) Reactor experimental que irá tentar reproduzir na Terra a reacções nuclear que alimentam o Sol e outras estrelas. Irá consolidar todo o conhecimento adquirido ao longo de décadas de estudos. Se funcionar e se tornar práctico, a comunidade internacional irá construir um protótipo comercial e por ultimo espalhar pelo mundo. Os parceiros no projecto são a União Europeia (representada por EUROTOM), Japão, China, Índia, Coreia do Sul, Federação Russa e Estados Unidos da América. Será construído em Cadarache, Sul de França.
O que é a Fusão? A fusão é o principio de que energia pode ser libertada ao se juntar átomos ao invés de os separar, como no caso da fissão que alimenta as centrais nucleares de hoje. No centro do sol, uma enorme pressão gravitacional permite a fusão ocorrer a temperaturas de 10 milhões de graus Celsius. Mas na Terra devido à baixa pressão, as temperaturas terão que ser muito mais altas, cerca de 100 milhões de graus Celsius. Nenhum material na Terra consegue aguentar contacto directo com esta temperatura, assim para obter fusão, cientistas encontraram uma solução onde gás super-aquecido, ou seja plasma, é contido e espremido dentro um campo magnético em forma de “donut” - a câmara de plasma (como ilustrado na figura). Quais as vantagens da fusão? O melhor combustível para a fusão consiste de dois tipos ou isótopos de hidrogénio, Deutério e triutério. O deutério pode ser obtido da água, o que é abundante, o triutério produzido a partir de lítio, é abundante na crosta terrestre. Ao contrario de combustíveis fosseis, reacções de fusão não produzem dióxido de carbono. Cientistas garantem também que o sistema é completamente seguro porque em caso de qualquer anomalia o sistema é prontamente desligado. O que se espera de ITER? No ITER, cientistas irão estudar plasmas em condições similares aos que são esperado numa central de produção de electricidade a fusão. Gerará 500 MW durante periodos extensos de tempos e 10 vezes mais energia do que a introduzida para manter o plasma à temperatura correcta. Será assim a primeira experiência de fusão a realmente produzir energia eléctrica em grande escala. Irá também server como forma de testar muitas tecnologias como geração de calor, controlo, diagnostico, manutenção remota, que serão necessárias numa verdadeira central de energia. De forma a compreender a dimensão do reactor, um homem é pouco mais alto que o diâmetro de uma das tubagens no fundo do reactor. Mais energia produzida que consumida? Em termos simplistas, sim. Isto é expresso em valores de Q, que é a quantidade de energia térmica proveniente de reacções de fusão a dividir por a quantidade de calor externo necessário para aquecimento. Se Q menor que 1, é necessário mais energia a aquecer o plasma que o calor produzido pela fusão. Os melhores resultados até hoje são de Q=0.65. O Objectivo de ITER é produzir Q=10 ou Q maior que 5, no caso do calor do plasma vir das próprias reacções de fusão. O Iter irá produzir desperdício radioactivo? Sim, os neutrões produzidos de reacções de fusão poderão deteriorar os materiais usado nas paredes da câmara de plasma do Iter. Mas uma das tarefas do projecto é encontrar materiais que podem aguentar este bombardeamento. Os desperdícios serão seguros dentro de um tempo relativamente modesto (50-100 anos), comparado com os desperdícios de reactores nuclear de hoje que é muitos milhares de anos. Está calculado que a deterioração após funcionamento durante de 100 anos, Iter irá reter 6 toneladas de desperdício e quando empacotado será o equivalente a um cubo com arestas de 10m. Quando será construído o Iter? Foi decidido em Junho de este ano, pelos parceiros do Iter, que construiriam o reactor em Cadarache no sul da França. Falta alguns progressos técnicos mas espera-se que ao fim deste ano terão já terminados para que Iter poder ser construído já no fim de 2005. Quanto custará e como será financiado? Iter vai custar 5 mil milhões de euros durante a construção que durará 10 anos e uns outros estimado 5 mil milhões de euros durante mais 20 anos de funcionamento. UE e França contribuem com 50% da construção e outros 5 parceiros contribuem com 10 %. Como Japão aceitou o ITER ser construído na França, terá termos favoráveis e será construído um laboratório de pesquisas de materiais, metade da construção financiado pela UE e grande parte dos postos de trabalho estarão a cargo do Japão. Quando será construido o primeiro reactor comercial? Não em breve. Espera-se que em 2016 se tenha o primeira plasma em ITER. Reactores experimentais já foram construídos como o Torus de Propulsão a Jacto (Jet) em Culham no Reino Unido e presentemente consome mais energia que produz. Muitos desafios científicos e na engenharia ainda por resolver até a tecnologia se tornar comercialmente viável. Um reactor comercial não é esperado antes de 2045 ou 2050, no entanto não há garantias do sucesso do Iter. Os “verdes” que lutaram longas campanhas contra fissão nuclear estão com duvidas quanto ao futuro e o Iter. Aclamam que os fundos gastos no Iter seriam melhor aproveitados em energia renováveis como eólico, ondas e solar para os quais muitas soluções técnicas já existem. Segundo um oficial da Academia Real Britânica de Engenharia, terão 50% de hipóteses de por o Iter a funcionar e será um desafio notável em termos de engenharia. Se funcionar haverá energia suficiente no mundo para durar 1000 ou 2000 anos. Fonte: Aqui e mais info aqui e página do iter em http://www.iter.org/publicado por João Vinagre às 12:47 1 comments
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Eólicas e hídricas complementam-se ao nível da produção
publicado por Tiago Luís Francisco às 17:57 0 comments
Labels: energia eólica, energia hídrica, energias renováveis
domingo, 19 de novembro de 2006
Hitachi e GE juntas na energia nuclear
publicado por Tiago Luís Francisco às 21:48 0 comments
Labels: energia nuclear
terça-feira, 14 de novembro de 2006
Nuclear é fixe?
- Nuclear + Renovável;
- Fóssil + Renovável;
- Nuclear para hidrogénio + Renovável;
Fonte:
publicado por Tiago Luís Francisco às 19:59 4 comments
Labels: energia nuclear, energias renováveis
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Faça parte do Sistema Eléctrico...
Iremos aqui propor uma solução de utilização da Energia Fotovoltaica em projectos de ligação à rede pública. A aposta nas instalações fotovoltaicas, está em linha com os objectivos traçados pela ratificação do Protocolo de Quioto e as metas impostas pelo programa nacional de produção eléctrica a partir da Energia Solar. Os Painéis Fotovoltaicos são semicondutores que convertem energia solar directamente em electricidade. Embora haja cerca de 30 tipos diferentes de dispositivos fotovoltaicos, existem três tecnologias principais de produção comercial: os monocristalinos, os policristalinos e os de sílicio amorfo.Os fotovoltaicos monocristalinos ou de cristal único são fabricados a partir de uma pastilha de silício de alta qualidade e, geralmente, são os mais eficientes na conversão da energia solar em electricidade. Os fotovoltaicos policristalinos são produzidos a partir de um silício multicristalino de qualidade inferior e são menos eficientes, mas tem o custo de produção menor. Já os fotovoltaicos de sílicio amorfo são fabricados em um processo diferente: são feitos de material semicondutor em um substracto tal como vidro ou alumínio. Os fotovoltaicos de sílicio amorfo são geralmente menores, mas tão eficientes quanto os outros, e mais baratos para produzir. Simulação de contracto para produzir e vender energia eléctrica "verde" à EDP.
- Sistema de ligação à rede - 5kW
- 30 módulos policristalinos de 160 W (cerca de 30m2)
- Inversor de ligação
- Aparelhos de medida e contagem
- Quadro eléctrico
- 0.44€ por kW/h (Sistema até 5kW
- 0.32€ por kW/h (Sistema superior a 5kW)
publicado por Nelson às 23:16 0 comments
Novo RTIEBT
Este novo regulamento, definido no Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de Dezembro, foi agora aprovado, e vem preencher uma lacuna identificada pela Comissão Europeia previstos no Decreto-Lei n.º 58/2000, de 18 de Abril, que transpôs para o direito interno a Directiva n.º 98/34/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Julho.
Fica em seguida o link: RTIEBT - 11/11/06
publicado por Tiago Luís Francisco às 18:37 1 comments
Barroso e o nuclear
Para lá da importância crítica do sector para a Europa, a União Europeia é, a seguir aos Estados Unidos, o maior consumidor e importador de energia do mundo, sendo uma "âncora" para as economias "circundantes" da Rússia, Médio-Oriente e do Norte de África.
Uma "primeiríssima" sobre as linhas, metas e "pacote de Janeiro" a adoptar pela União desperta interesse para além da Europa.
Principais linhas orientadoras:
1- No plano estratégico da segurança, pôr a EU-25 a falar a "uma voz". Uma negociação estratégica com a vizinha Rússia - primeira potência energética - só faz sentido arvorando a bandeira do segundo mercado mundial importandor;
Depois, surge a "polémica" questão da referência ao nuclear, no contexto dos 50 anos da assinatura do Tratado Eurotom:
- O nuclear já não é tabu, o que já sabiamos...;
Foi este comentário - digo eu - desvalorizador, sobre o papel do nuclear na Europa, que fez "frufru" nos «média», numa leitura de apoio da Comissão digna do inesquecível inspector Get Smart, que foi para mim a segunda surpresa da cobertura mediática.
Nuno Ribeiro da Silva, in Caderno de Economia, Expresso, 11 de Novembro de 2006
publicado por Tiago Luís Francisco às 15:33 1 comments
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